domingo, 25 de julho de 2010

II Redes Sociais em Porto Alegre

Participantes do II Redes Sociais da ColetivaEAC em Porto Alegre.
Destaque para as empresas gaúchas que estão rumando às boas práticas da comunicação e conexão. Entre elas, a Estação Elétrica, DMLU da Prefeitura de Porto Alegre, Planning.com, Mendizabal, Bienal Mercosul, Governança Solidária Local da Pref. Porto Alegre, Instituto Goethe,   Shopping Lindóia, Stesa, Gnu e Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Ganham a comunicação e a sociedade do Rio Grande. Na sua maioria são jornalistas, publicitários, estudantes, comunicólogos, tecnólogos, provedores de web e funcionários municipais e das secretarias. Destaque para as novas profissões surgem a cada segundo na onda da web 2.0, blogueiros, twiteiros, construtores de conteúdo e naturalmente os web empreendedores.
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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Terceira Turma do Curso Redes Sociais

Este time especial terminou ontem o programa de treinamento em Redes Sociais, pela Univer Cidade, no Rio de Janeiro. Todos compartilharam conhecimentos, pesquisaram e trabalharam potencialidades de relacionamento através da web.

A empresa Control Service também se fez presente com os dois alunos. Declararam que a Midia social pode alavancar o crescimento das organizações.

O programa constou de conhecimento, debates, motivação e práticas. Durante o curso alunos desenvolveram suas pesquisas e publicaram no Twitter, Blogspot. Foram 10 hs de imersão.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Quinze Coisas para Pensar antes de Lançar um Blog Corporativo

Em 2009, Mauro Segura, publicou as orientações para a construção de blogs corporativos..


Conheço várias empresas que se lançaram no mundo dos blogs sem um planejamento adequado. Algumas delas não sabiam o que queriam ou não tinham um objetivo claramente estabelecido. Daí a coisa não funcionou e a frustração inibiu novas iniciativas no mundo da web 2.0.

Numa empresa como a IBM, onde existem milhares de blogs, internos e externos, eu vejo de tudo: blogs que dão certo, outros que não sobrevivem e alguns que pegam no tranco. Enfim, a experiência tem mostrado que existem passos iniciais importantes para um projeto de blog dar certo.

Recomendo que as empresas pensem nos pontos abaixo antes de lançarem um blog corporativo externo.

1- Defina o objetivo do blog

O blog vai servir prá que? Falar sobre mercado? Falar sobre responsabilidade social? Falar sobre tendências? Enfim, qual é o objetivo do blog? Normalmente o blog funciona bem para complementar algo que não está funcionando bem através dos canais usuais de comunicação da empresa. Ter um objetivo definido é importante para que o público alvo entenda a proposta do blog. Aliás, isso deve estar claramente explicitado, não adianta estabelecer um objetivo e não evidenciá-lo para os interessados no blog.

2- Defina o público-alvo

O blog é para falar com quem? Com os clientes? Com a sociedade em geral? Com os investidores? Isso é importante para definir o escopo e o estilo da conversa. Cada público tem um interesse e uma forma de interagir diferente. Conversar com seus clientes diretos é diferente de conversar com o grande público em geral, pois os interesses, linguagem e prioridades são diferentes.

3- Crie um design compatível com a sua marca

O blog tem que ser coerente com o perfil da marca da empresa. Ou seja, as cores, a linguagem, o design e o layout devem traduzir o estilo da empresa e o perfil do público alvo do blog. Já vi empresas que não se preocuparam com isso e criaram "templates" inadequados e conflitantes com o perfil empresarial. Por outro lado, evite usar um design muito sofisticado, entenda-se complexo, ou um blog carregado com seções e pastas. Isso deve ficar para o "site" institucional da empresa. O blog é uma sala de conversa, portanto pense nisso na hora de montar a sua sala. Além disso, um design simples e eficaz vai dar mais flexibilidade e agilidade para você atualizar o blog, bem como facilitar futuros testes e ajustes na ferramenta.

4- Esteja preparado para dialogar

Quando uma empresa lança um blog, significa que ela está pronta para dialogar. O blog não é meramente uma alternativa aos canais tradicionais de comunicação, como o site institucional. O blog é um diálogo com a sociedade. Portanto, esteja preparado para responder aos comentários, aceitar críticas e ironias. Não é legal lançar o blog para só postar coisas e não conversar com os visitantes. Aceitar e lidar com esse risco é um requisito fundamental para a credibilidade do blog.

5- Seja ágil

Estar disposto para dialogar não é suficiente. A empresa tem que criar um modelo de comunicação especial para o blog, que exige agilidade e leveza. Não dá para tratar o blog como um press release ou um comunicado institucional no site. Também não dá para pedir ao departamento jurídico rever cada post ou comentário-resposta que a empresa vai publicar. Enfim, a empresa tem que criar um modelo diferente de se comunicar ou então é melhor desistir da ideia de lançar um blog.

6- Concentre-se em conteúdo interessante e relevante

Com o objetivo e o público-alvo definidos, o próximo passo é concentrar o conteúdo em temas relevantes. Evite ser dispersivo. Procure falar de assuntos ou se aprofundar em temas que outros canais de comunicação da empresa não tocam. Sugiro que, antes de lançar o blog, a empresa defina claramente o escopo de assuntos que o blog vai tocar e aqueles que não vai cobrir, mesmo que os comentários e feedback forcem para um caminho diferente. Perseverar e manter o leme no objetivo traçado é condição para o sucesso do projeto.

7- Não complique. Desenvolva uma linguagem informal e pragmática

O blog, por natureza, é um veículo aberto e abrangente. Quanto mais simples e didática for sua linguagem, maior será o potencial de gerar interesse, tráfego e interação. Procure usar uma linguagem compatível com seu público alvo. Instigue as pessoas para participar do blog através de comentários. Isso só será conseguido através de uma linguagem leve e convidativa. Pense no blog como uma conversa num bar. Tem que ser leve, interessante e curta. Evite textos complicados, longos e burocráticos. Um blog não é uma prancheta para escrever comunicados frios e impessoais. Se seguir esse caminho você terá um único leitor: você mesmo.

8- Use e abuse dos recursos multimídia

Um blog deve ser divertido e interessante. Ele é um canal perfeito para veiculação de imagens e vídeo. Quem entra num blog espera por isso. Investir em recursos multimídia tornará o blog mais rico e aumentará o potencial de interesse dos visitantes. Existem empresas que lançam blogs e ficam só no texto corrido, ou sejam, usam apenas uma parte do potencial que um blog oferece.

9- Não seja arrogante ou dono da verdade

Blogs são arenas de conversação, ou seja, troca de ideias e pontos de vista. Portanto, saiba aceitar opiniões e comentários. Não basta dialogar, tem que ceder, elogiar os comentários que merecem ser elogiados, reconhecer os possíveis erros, aceitar opiniões contrárias às suas e receber positivamente as eventuais comparações com a concorrência. Uma abordagem humilde, de aprendizado constante, transmitirá para o visitante a imagem de uma empresa colaborativa e transparente.

10- Tenha uma assinatura pessoal

O mundo das mídias sociais foi concebido para o diálogo entre pessoas. É notório que pessoas desejam falar com pessoas, portanto eu recomendo colocar personagens de carne e osso assinando os posts e comentários. Não vejo problemas em blogs que têm vários colaboradores, aliás, eu acho que funciona muito bem. É importante que o leitor saiba com quem está falando. Blogs individuais (assinados por um único indivíduo) funcionam muito bem também, mas fique alerta para que o blog, via seus textos, pontos de vista e estilo, esteja em sintonia com o perfil de quem assina o blog. Já vi uma situação onde o sisudo executivo assinava um blog cujo estilo não tinha nada a ver com o perfil dele.

11- Defina uma cadência para atualização do blog

Estabeleça, desde o seu lançamento, uma frequência mínima de atualização do blog. Entenda que essa regularidade é importante e que você deve procurar sempre superá-la. Não existe uma cadência ideal, mas considere que um canal na internet exige dinamismo e interação constante. Neste contexto, um leitor de seu blog ao postar um comentário, terá a expectativa de ver uma resposta no mesmo dia ou, no máximo, no dia seguinte. Enfim, assumir um compromisso de tempo de atualização é fundamental. Ninguém visita um blog desatualizado e lento. Aliás, pesquisas mostram que blogs com atualização constante têm mais acessos do que outros mais "preguiçosos".

12- Aprenda com o blog

As mídias sociais formam um canal de relacionamento ainda muito novo. Portanto, esteja preparado para experimentação e ajustes. O aprendizado será contínuo e é esperado que você evolua o canal ao longo do tempo. Não tenha medo de dar um passo para frente e depois recuar. Nesse cenário, eu sugiro que você monte o blog da empresa via uma plataforma de blogs conhecida como o Blogger ou o Wordpress, que tem são ótimas referências, estáveis e investem constantemente em aprimoramentos.

13- Esteja pronto para uma crise

Numa possível crise empresarial, fique certo que o blog se tornará, naturalmente, um canal de diálogo importante com a sociedade e com todos aqueles afetados pela crise. Portanto, tenha um plano na gaveta para usá-lo em momentos de emergência. Eu entendendo que a maioria das empresas nunca parece estar preparada para a crise, mas afirmo que elas ocorrem e quem tem um plano na gaveta sempre tem uma maior chance de sobrevivência.

14- Como medir o sucesso do seu blog

Essa é uma das perguntas mais difíceis de responder. A resposta vai depender do objetivo do blog. Estude ferramentas como Technorati, Bloglines, FeedBurner, Google Analytics, Statcounter e algumas outras disponíveis na rede e de custo zero. Escolha, pelo menos, uma ou duas dessas ferramentas para medir o acesso (page views, acessos únicos, visitantes recorrentes, novos visitantes, etc), o número de blogs que "linkam" o seu blog, palavras mais pesquisadas, etc. Além disso, algumas delas permitem que os seus visitantes assinem o seu blog, fazendo com que suas atualizações sejam enviadas de forma automática para os interessados.

15- Tenha alguém dedicado ao blog

Um blog corporativo vai precisar de alguém para operacionalizá-lo, pode ser uma ou mais pessoas. É claro que o próprio escritor ou escritores do blog podem ser responsáveis também por operacionalizá-lo, mas nem sempre isso é possível. Se o blog der certo, pode ter certeza que não vai faltar trabalho. Pense em deslocar pessoas que hoje trabalham nos canais de comunicação da empresa para esse novo canal de relacionamento externo. Até porque, se tudo der certo, a tendência é que você diminua ou corte alguns canais externos e comece a dar mais ênfase e atenção ao blog. Mas alerto para que escolha a pessoas correta (ou pessoas), alguém que acredite e entenda o mundo das mídias sociais, que esteja entusiasmado com o projeto e que adore experimentar novas tecnologias.



Para os marinheiros de primeira viagem, eu tenho mais uma dica.

Antes de lançar um blog externo, considere lançar um blog interno para seus funcionários. A implementação e uso de blogs dentro das empresas permitem uma curva de aprendizado importante. Portanto, antes de submeter o projeto para sociedade, o melhor é experimentar, testar e ajustar as coisas dentro de casa. Tenha certeza que este tempo de investimento vale a pena. Quando o blog "for para rua", a empresa estará muito mais segura e preparada para "encarar" o diálogo com o mercado. Este procedimento vai acelerar muito o passo "aprenda com o blog" descrito acima.



Por fim, lembre-se que lançar um blog corporativo é sempre um desafio.

Se der certo, significa que ele vai consumir cada vez mais recursos e atenção da empresa. Será um caminho sem volta e um canal importante de relacionamento com a sociedade nos bons e maus momentos. Ser der errado, significa que a empresa vai ter que reconhecer o erro e dar um passo para trás. Será uma perda e uma frustração dura de reconhecer, mas necessária. Ou seja, um projeto de blog sempre tem seu preço.
Fique alerta para aqueles que dizem que um blog não tem custo, pois isto não é verdade.
 
 
http://aquintaonda.blogspot.com/2009/07/quinze-coisas-para-pensar-antes-de.html

Manuais tentam enquadrar as redações

domingo, 13 de junho de 2010 -


Jornal O GLOBO publica manual de regras editoriais e profissionais das eleições para seus funcionários

No ano passado, ao participar de um debate sobre redes sociais na Futurecom eu falei que a existência de um guia corporativo sempre ajuda muito no processo de introdução das redes sociais nas empresas. Na época, confirmando que o tema ainda é polêmico e desconhecido nas empresas, eu fui interpelado por alguém que disse que tal guia não faria sentido pois as redes sociais não podem ser reguladas ou controladas. Expliquei que um guia não tem o objetivo de instituir regras ou procedimentos de controle das redes, mas sim apresentar recomendações que os funcionários devem procurar seguir quando atuam nas redes como profissionais da empresa. Estas orientações incluem formas de se identificar nas redes, como tratar as informações, questões de imagem e reputação, como falar sobre a empresa, etc. Enfim, são de natureza profissional, apesar que sabemos que nas redes sociais o limite entre o pessoal e o profissional é muito tênue.

Dias atrás, também numa conversa sobre o mesmo assunto, alguém disse algo assim: "na minha empresa a gente não precisa disso, afinal os acesso às redes está proibido". Como não precisa? Os funcionários não acessam às redes sociais fora do expediente do trabalho? Muitos chegam em casa e já se conectam nos "orkuts da vida". Muito deles escrevem nas redes sobre o seu trabalho diário, falam da empresa onde trabalham, opinam sobre áreas onde a empresa atua, etc. Ou seja, eles atuam como porta-vozes da empresa, mesmo sem se darem conta disso. Afinal, todos nós somos representantes da empresa onde trabalhamos, estejamos ou não dentro do horário do expediente. Neste contexto, prover orientações para os funcionários de como se comportar nas redes sociais, quando falarem sobre o seu trabalho ou empresa, fazem todo o sentido.

Este é um processo evolutivo e de conscientização. Na verdade, a questão vai muito além das redes sociais, todos nós somos representantes da empresa nas situação mais corriqueiras do dia a dia: quando estamos no telefone conversando com um fornecedor, atendendo um cliente, enviando um email, tomando um chopp no final de semana e comentando sobre assuntos da empresa, etc. As redes sociais são apenas mais um canal de comunicação e relacionamento.

Nesta semana, eu estava conversando com um amigo sobre o poder da influência dos canais tradicionais de comunicação (TVs, jornais, rádios, etc) e da internet nas próximas eleições. A internet é um terreno livre, onde cada um navega e busca o que quiser, é o internauta que determinar o que deseja seguir. Já as TVs e os jornais têm um componente editorial muito forte. É o corpo editorial que determina o conteúdo diário. Exigir independência, equilíbrio e imparcialidade da equipe editorial (repórteres, colunistas, articulistas e editores) deveria ser uma obsessão dos grupos de comunicação de nosso país. Eu comentei com meu amigo que, devido a enorme capacidade de influência na opinião pública, os veículos de comunicação deveriam ter regras de conduta específicas para as eleições para todos os seus funcionários. E não é que hoje, para minha surpresa, o jornal O Globo publicou, em página inteira, um "Estatuto das Eleições" para todo o seu corpo editorial provendo regras editoriais e profissionais para os seus funcionários e jornalistas. Não deixe de ver, é bem interessante. E tem até regras específicas para as redes sociais. Veja AQUI.



Acredito que outros veículos de comunicação devem ter algo parecido, mas a ação do O GLOBO me chamou a atenção. A ação tomada pelo jornal tem o mesmo conceito do guia de conduta nas redes sociais que recomendo para as empresas. Educação, orientação, clareza e transparência são sempre bem-vindos.

http://perolasdasassessorias.wordpress.com/2009/09/04/porque-os-guias-corporativos-de-midias-sociais-nao-pegaram-no-brasil/#comment-2461

Porque os guias corporativos de mídias sociais não pegaram no Brasil?

Eu e minhas perguntas. Vou começar o post logo com uma. É possível delimitar a utilização das mídias sociais em favor da comunicação? A primeira resposta que vem à cabeça e parece bem clara: seu estúpido, claro que não!

Concordo. Em partes. Quando falamos de gestão de reputação, valor de marca, percepção do mercado em relação à empresa, produto ou serviço, o buraco é mais embaixo. Cuidar da reputação de uma organização ou marca é um negócio bastante complicado. E tudo isso pode ser destruído em apenas poucos minutos e, porque não, por um próprio funcionário.

Entendam que não estou dizendo que as empresas precisam coibir a livre expressão de opinião. Mas é preciso separar um pouco as coisas. Nem sempre a visão da empresa é a mesma de um colaborador e vice-versa. Isso pode causar conflitos extremos e prejuízos enormes para uma corporação. Aliás, como sempre, Mauro Segura – da IBM, que inclusive é uma das empresas mais conectadas e que mais estimula a comunicação – escreve muito bem sobre isso aqui e aqui.

Sempre que me questionam sou enfático: sou contra o bloqueio de ferramentas de comunicação digital – inclua aí MSN, Twitter, etc. Acho que a orientação e treinamento podem ser muito mais vantajosos e proporcionarem resultados mais surpreendentes do que o cerceamento (tá, já sei, os diretores de tecnologia me odeiam por conta disso).

Um material bem produzido para demonstrar o que é, como funciona e, principalmente, maneiras éticas e transparentes de utilizar a comunicação seria algo que ajudaria bastante. E isso é chamado lá fora de Social Media Guide, mas é melhor mesmo um guia de mídias sociais, dedicado exclusivamente aos colaboradores/funcionários.

Como de costume neste mercado digital, não existe receita de bolo pronta. Montar este guia não é tão simples como parece. É preciso entender primeiro como funcionam os processos de comunicação da empresa, de que forma os colaboradores estão inseridos neste contexto, qual a relação deles com as mídias sociais e assim por diante. Mas acho que vale a pena pensar nisso. As empresas deveriam apostar mais nesse tipo de conteúdo.

Separei alguns links que podem ajudar:

Guia preparado pela Intel http://www.intel.com/sites/sitewide/pt_BR/social-media.htm

Guidelines da IBM http://www.ibm.com/blogs/zz/en/guidelines.html

Material da BBC sobre o tema http://www.bbc.co.uk/guidelines/editorialguidelines/assets/advice/bbcweb.pdf

Conteúdo excelente de Brian Solis http://www.briansolis.com/2008/06/essential-guide-to-social-media-free/

Ou siga o Mauro Segura no http://aquintaonda.blogspot.com/p/o-autor.html

As redes sociais na comunicação da WWF-BRASIL

Paulo Verri Filho 29 de maio às 16:04


A participação da ONG nas redes sociais resume-se: a comunidade http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=417034 , a única comunidade do Orkut considerada oficial e divulgada no site. No entanto, a ONG participa apenas como co-moderadora e eventualmente repassa informações de interesse. O "dono" da comunidade não é funcionário do WWF-Brasil. Há também perfis (Twitter, Facebook, Youtube e Flickr), que são alimentados por funcionários do WWF-Brasil. No total são mais de 100.000 participantes, só no Brasil, usuários das redes sociais.

É justamente desse ponto, aparentemente positivo: a grande quantidade de interessados em se relacionar com a ONG por redes sociais, que surge um paradoxo. Recentes estudos demonstram que quanto mais cresce um grupo, uma comunidade de uma rede social, de um Facebook por exemplo, a participação individual diminui. Parece estranho, pois o conceito adotado por muitos que atuam nas redes sociais, até o momento, é de que quanto mais integrantes melhor para a rede, para a comunidade. No caso de empresas: melhor para a comunicação. Entretanto, segundo Thompson (2010, p.30) o que ocorre é justamente o oposto: quando se avança de algumas centenas para algumas dezenas de milhares, a rede se quebra. Entre as muitas explicações, há uma interessante que desvenda esse fenômeno: quando o crescimento acontece surge a sensação nos participantes de que eles perderam a individualidade. Percebe-se, assim, que a socialização não tem escala e ressurge o sentimento coletivo de anonimidade. Para o especialista, a partir de certo tamanho se cria nos integrantes da comunidades a sensação de que não se pode mais contribuir individualmente, dentro de um grupo tão grande. Há constrangimento, por exemplo, em se manifestar para tanta gente. A rede social deixa de ter sentido. Assim, as ações de comunicação perdem eficiência. No mesmo sentido adotado pela teoria biológica, são as populações que evoluem não indivíduos, mas no caso das redes sociais há um involução dos grupos quando o crescimento é muito grande.

Outro estudo baseado numa pesquisa com estudantes dos EUA corrobora com essa ideia e reforça ainda o problema das das grandes comunidades. Christakis e Fowler (apud LEHRER, 2009) revelaram que por maior que seja o número de amigos encontrados num perfil de um usuário de Facebook, por exemplo, o dono desse perfil manterá, no máximo, relações próximas com 6,6 pessoas. Ainda que na sua página existam outras centenas de rostinhos aguardando por algum tipo de relação online. Em outras, palavras para esses autores, nada realmente mudou, pois até mesmo o mais entusiasta usuário do Facebook ainda mantém só um limitado círculo de amizades. Qual seria o benefício para uma ONG possuir perfis, comunidades, com dezenas de milhares de integrantes? Se os laços de relacionamento se mantém ainda estreitos, mesmo no mundo virtual? Como se comunicar com tanta gente, eficazmente, dentro do que se espera de uma rede social?

Desse modo, partindo dessas premissas, novas constatações (de um meio que não para de evoluir e mudar), e, para servir como uma estratégia de comunicação a ser adotada pela ONG, se formulará um plano, com algumas ações na rede social Facebook, onde a WWF-BRASIL conta com quase 80.000 usuários cadastrados como amigos. Esse trabalho poderá ser utilizado em outras redes sociais.

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